Tuesday, October 28, 2008

Parecer da PM-RJ é vergonhoso.


A confirmação do parecer da PM-RJ que veta o Engenhão para o clássico Botafogo x Flamengo é algo que não tem embasamento algum. A PM é responsável pelo policiamento ostensivo e pela preservação da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro, mas agora chegou ao cumulo do absurdo ao escolher aonde poderá fazer a segurança dentro do Rio de Janeiro.

Qual é o critério técnico de segurança usado para condenar o Engenhão e fazer do Maracanã modelo de segurança? Alguém já viu torcedores morrer ao cair de arquibancada no Engenhão, privadas serem arremessadas da arquibancada ou torcedor morrer espancado?

Como pode o Engenhão ter segurança para sediar um evento internacional como os jogos Pan-americanos, jogos da seleção Brasileira e não ter segurança para um clássico? Não seria a mesma PM essa que faria a segurança de ambos no Maracanã?

Procuro sempre respeitar as autoridades, mas não poderia deixar de demonstrar meu repudio a esse parecer criminoso que pode causar sérios danos a saúde financeira do Botafogo. Nós torcedores do Botafogo somos cidadãos brasileiros e como todos moradores do Estado do Rio de Janeiro merecemos a mesma proteção, inclusive na nossa praça de desporto como qualquer outro torcedor por parte da PM-RJ.

As autoridades da PM-RJ deveriam reconsiderar esse parecer vergonhoso, pois mais se assemelha a uma manobra política, contribuindo ainda mais para enxovalhar o nome corporação. Caso contrario chamem o BOPE para fazer a segurança do Engenhão porque a PM-RJ já perdeu controle dos morros e agora vergonhosamente declara-se incapaz até de promover segurança em um simples clássico de futebol.

Sou Cidadão Brasileiro e não desisto!

Eleição alvinegra e o desafio de Maurício Assumpção.


Na próxima eleição o Botafogo provavelmente vai encontrar um candidato único  e desconhecido para maioria esmagadora dos torcedores.  Maurício Assumpção é odontólogo do Botafogo e técnico do America do Lido, uma equipe de futebol de praia.  Mauricio terá uma missão menos árdua do que o presidente Bebeto de Freitas, quando foi eleito em 2002, mas não será um mar de rosas. O Glorioso encontra-se no meio de uma guerra fria com a FFERJ, salários atrasados, uma divisão de base que necessita de cuidados e poucos jogadores no elenco que pertencem ao clube. Mas o que precisará Maurício Assumpção para ter um mandato de excelência?

 Bebeto liderou o movimento para criação de uma liga de futebol que acabaria com a FFERJ, logo depois foi contra a eleição do atual presidente Rubens Lopes, e nem sequer segundo o Presidente da FFERJ foi até a federação para um dialogo. Custeados pela FFERJ encontra-se o TJD-RJ e a COAF-RJ que tanto prejudicaram o Botafogo nesses dois anos da administração Rubens Lopes.  A única forma de reaver o prestigio político e distanciar-se politicamente de Bebeto e Montenegro, assumindo uma postura de reconciliação com a FFERJ.

No entanto Maurício Assumpção já tem algo em mente: investir nas categorias de base do Botafogo que foi um verdadeiro seleiro de craques, todavia há muitos anos não revela nem um nome de peso. No momento atual o Botafogo encontra-se com um time de empresários e investimento nas divisões de base seria uma resposta médio / longo prazo para que novos talentos possam despontar nas categorias de base e possam gerar receita ao clube. O único obstáculo continua sendo a lei Pelé em que jogadores após o termino contratual ficam a mercê de seus empresários para fazer o que bem entenderem com seus direitos federativos.

Enfim, para ter uma administração vitoriosa alcançando um nível excelência, um administrador seja ele qual for tem que dar continuísmo às grandes obras de administrações anteriores, porque os grandes feitos na historia em grande maioria levam mais de uma administração para serem concluídas.  Nós alvinegros esperamos que o próximo presidente deixe a emoção de lado e se revele um grande estrategista porque o desequilíbrio emocional é algo que tem que ser erradicado no próximo mandato.

Sunday, October 19, 2008

Você gostaria do Eurico no seu time?


Essa é uma pergunta que eu sempre faço quando alguém menciona quão admiradores são da forma que o Eurico conseguia ganhar todas as disputas no “tapetão”. Nos anos 90 nem no par ou impar o Vasco perdia.  Estava eu em uma roda de amigos onde todo mundo era ligado ao futebol, eu era o único que nunca fui profissional e as teorias eram diversas.  Uns diziam que o Eurico era poderoso porque sabia se impor, outros diziam que era o mandato de Deputado Federal e ainda que ele tinha batia um tambor. Mas qual seria o segredo do Eurico?

Se truculência ganhasse alguma decisão,  enquanto Montenegro fosse colaborador o Botafogo não perderia nenhuma decisão. Montenegro parte para cima e derruba qualquer um na base da peitada e os adversários tremem porque como dono do IBOPE, poder ele tem.  Então logo se impor não era resposta.

Entretanto não creio que um mandato de Deputado seria o segredo, porque dentro do Botafogo existem vario políticos inclusive o Deputado João Figueira, que figurava na lista de beneméritos ventilados como um dos possíveis sucessor do presidente Bebeto de Freitas.

Todavia concordamos em um ponto: seria ignorância pensar que seria algo de natureza sobrenatural porque como dizia meu pai: "Se macumba ganhasse jogo o Bahia era hexacampeão brasileiro e tetra da libertadores.”

Então chegamos a um denominador comum: Eurico tinha alianças de poderosos dentro do futebol. Primeiramente ele tinha todos os votos dos times do interior, o que fazia ser uma figura imprescindível na federação do Rio. Sem ele o Caixa D’água nunca chegaria a perpetuar tanto tempo no poder da FFERJ.  Eurico lutou contra os três grandes do Rio e acabou com qualquer possibilidade da criação de uma liga independente o que marcaria o fim da FFERJ em 2005.

Agora olhe por outro ângulo: O TJD-RJ e a COAF-RJ (Comissão de Arbitragem de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) são órgãos custeados e ligados a FFERJ, assim como STJD é custeados pela CBF.  Eurico tinha o mundo da bola na palma da mão, mas felizmente como dizia o provérbio: “Não ha mal que dure para sempre”.  No meu time não!

Saturday, October 18, 2008

STJD, sempre alguém querendo aparecer.


O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) concedeu nesta quinta-feira o efeito suspensivo para jogadores do Botafogo. A meu ver a condenação foi acertada, mais a pena foi muito desproporcional. É como se alguém avançasse o sinal e pegasse uma pena de dez anos em regime fechado.

O sistema de Justiça desportiva precisa passar por serias reformas. Para se ter uma idéia do amadorismo, o STJD é custeado pela CBF. Contudo, seus membros não são remunerados.
Os Tribunais de Justiça Desportiva são totalmente desprovidos de moral e ética para tratarem da maior paixão do povo brasileiro. Como pode um esporte de categoria profissional, que movimenta tanto dinheiro ter um tribunal amador?
A nível regional a coisa piora, e não exige critério nas punições e existe uma diferenciação nítida entre os clubes. Quem não se lembra do da absolvição do Toró? O jogador foi enquadrado no artigo 255 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por ter atingido covardemente o goleiro Castillo com um chute na cabeça no clássico contra o Botafogo, pela Taça Rio. A pena poderia ser de até 540 dias de suspensão, mas ele ficou apenas um jogo fora. Que Justiça é essa em que um profissional atinge com um chute a cabeça de um companheiro caído sem defesa e acuado e leva punição de um jogo e o outro jogador que atinge a face do outro atleta de pé e com plenas condições de se defender levar 120 dias de suspensão?

O STJD precisa rever seus conceitos, principalmente com o que diz respeito as regras, porque as mesmas são muito evasivas e cada um interpreta como quer e aplica de acordo com que achar melhor. As penas são ridículas e draconianas, e os critérios ficam a mercê de acordo com os “compadres” do STJD. Nunca vi tanta repressão à liberdade de expressão na esfera desportiva. Liberdade de expressão é vital em qualquer sociedade democrática, mas hoje ninguém pode se pronunciar contra as decisões dos Tribunais de Justiça Desportiva, por risco de sofrer severas punições. Regras que, aliás, são tão ruins que não amparam nem o patrimônio de um clube. Como pode um clube ter seu estádio depredado por vândalos de torcidas adversárias e ainda ser punido financeiramente pelo estrago causado? Tais regras não portam os valores de Fair Play e não contribuem em nada para a segurança nos estádios.

No Rio de Janeiro já virou uma algazarra, André Valentim o Procurador do TJD-RJ passou dos limites do amadorismo. Sadismo, cinismo e falta de ética, após a final da Taça Guanabara entre Botafogo x Flamengo, quando indiciou seis atletas alvinegros e a técnica Cuca, declarando-se ser torcedor do Flamengo, dizendo que gostaria de ver o atleta do Botafogo, Lucio Flavio com a camisa flamenguista.

Gostaria de encerrar fazendo um apelo aos homens de bem desse país, que se mobilizem para criar um Tribunal Desportivo de verdade, com regras justas e claras. Não é uma utopia ter um tribunal onde os atletas sejam julgados com igualdade, precisamos apenas de um Tribunal Desportivo profissional e remunerado.